29 junho 2007

FORÇA DO PENSAMENTO

“Esqueçam… Nem tenho forças para pensar”…

Ouvi esta frase e rapidamente a minha força pessoal se canalizou para os meus dedos.
Começo a escrever como se o mundo acabasse amanhã.
Não tenho pressa de viver, mas tenho pressa e “ganas” de escrever.
A cada nova palavra registada mais vinte ou trinta surgem em catapulta, como se de um ciclone se tratasse e atropelasse tudo o que aparece.
Talvez porque não me apetece fazer nada. Talvez porque agora neste momento, não oiço nada à minha volta. Não vejo. Não sinto.
Estou no meu mundo; no mundo dos sonhos e da escrita.
Um mundo perfeito, sentido, especial, único ou simplesmente um mundo em que sou completamente feliz, em que não há cobranças (literalmente falando), em que não há guerras e ódios, invejas ou ciúmes.
Um mundo em que o céu é azul, o sorriso contempla a paisagem, em que a felicidade raia no horizonte desse mesmo céu.
O tempo passa. Ninguém repara. Parece que o meu espaço físico está vazio, que não estou cá. Quem me dera!
Querem mesmo saber? De facto não estou, estou no meu mundo...
Acabei de pensar e partilhar breves minutos dos meus sentimentos…. Não foi preciso muita força.

20 junho 2007

Teia de aranha...

Dei por mim deitado a pensar numa aranha e no seu mundo.
Como que num devaneio, corri para o computador para partilhar os meus pensamentos.
Há quem diga que a escrita é como um flash fotográfico: é necessário aproveitar o melhor plano!

A minha vida tem sido uma verdadeira teia de aranha..
Num fio construido de alegrias contagiantes cruza-se outro de tristezas quase incontroláveis.
Construo a minha teia na base em valores que me ensinaram e com os quais fui educado e que hoje, como qualquer brinquedo velho e sujo, estão fora de moda.
Lealdade, companheirismo ou amizade são hoje palavras que se confundem e tocam muito facilmente com hipocrisia, traição ou egoísmo.
Fio a fio, a minha teia como que tem sido construida e destruida na base destes sentimentos. Muitas vezes dou por mim a ser atacado por qualquer dedo humano a tentar destruir a minha teia, como faziamos (ou talvez ainda façamos) em crianças quando viamos uma aranha na sua vida, na sua construção.
Mas tal como elas, também eu volto a reforçar e a construir mais um fio, mais um ponto de convergência, mais um rendilhado da minha teia.
Tal como elas, também o vento das desilusões ou a tormenta das tristezas que por vezes invade o meu ser, tenta destruir a minha construção.
Mas sobretudo tal como elas, a minha persistência, a minha vontade, os meus desejos vão vencer.
Tal como elas, um dia vou ficar a observar o mundo, a dormir que nem um anjo ou mesmo apenas feliz porque atingi o meu sonho. O sonho de ter uma vida em que nenhum dedo consiga penetrar, em que nenhum vento consiga destruir ou mesmo o sonho em que a felicidade seja o sal e pimenta do meu dia a dia.

Nesse dia, nessa altura... a minha teia está terminada!

14 junho 2007

Um novo começo...

"I'm ready now to start a new beginning... With all the hopes and all the dreams..."

É o inicio de uma música linda da Melanie C e também é o constante recomeçar de qualquer ser humano. Quantas vezes dizemos isto ao longo da vida?
Frases tipo: "Agora é que é!... Desta vez é que vai ser!" invadem o pensamento do mais comum mortal.
Será isto verdade? Vivo e sinto que não é...
Porquê? Porque não existe a perfeição em nada; porque não existe um mar sem água salgada, porque não existem gotas de chuva que não molhem, porque não existem raios de sol que não queimem ou sequer uma ferida que não doa. Porque há coisas que são inalteráveis. Porque há coisas que são como são mesmo que queiramos que sejam diferentes.
Mas vivemos a procura do perfeito... No amor, no trabalho, na sociedade.
Procuramos aquilo que não há? É a incoerência de uma verdade absoluta.
Pasmem-se!!!! Para além de não existir Pai Natal também não há perfeição em nada.

Insatisfeitos por natureza com um qualquer momento de felicidade que nos acerte porque não chega, quando pessoas choram nessa altura.
Insatisfeitos com o amor que nos dão porque queremos mais, quando vemos todos os dias que ninguém se preocupa com ninguém.
Insatisfeitos porque temos uma constipação, quando pessoas morrem de cancro.
Insatisfeitos com o mau humor do colega do lado, quando há pessoas a matarem-se diariamente. Irónico não? Para não chamar egoísta.

Paremos de nos lamentar. Aproveitemos aquilo que nos acontece. Sejamos positivos. Vivamos!

Estamos sempre a recomeçar todos os dias. Cada dia que abrimos os olhos de manhã é mais um recomeço. Como mais uma chuvada que cai ou um novo raiar de sol no horizonte, como mais um arranque em qualquer corrida à procura de chegar ao fim, como mais uma qualquer viagem em busca da felicidade...com todas as esperanças e sonhos!

P.S. Este texto e dedicado a todos os que "reclamavam" uma escrita positiva e especialmente ao movimento APHC.