19 setembro 2007

Cada lugar meu...

Sei de cor cada lugar meu... Sei de cor o que me faz feliz ou o que me magoa! O auto-conhecimento é a base mais importante no nosso dia-a-dia para que consigamos manter a coerência, o equílibrio e as emoções num ponto aceitável perante as variáveis que a vida nos mostra e que frequentemente teima em por-nos à prova. Tento entender o rumo que a vida me faz levar. Tento entender, questionar e sobretudo ponderar porque sigo este ou aquele caminho; porque sinto a dor ou a alegria; porque choro quando a vida me corre bem ou porque sorrio quando a tempestade está em cima da minha cabeça. A vida muda-nos? Sim, de facto isso acontece porque somos humanos e porque sentimentos e emoções ainda não são uma equação de resultado finito. Talvez um dia surja algum Einstein que descubra porque sentimos de uma certa maneira ou reagimos de outra. Não acredito, mas o benefício da dúvida existe para acreditarmos nele...
O tempo hoje não me dói... O tempo hoje é meu aliado, encaro-o como algo que deve ser aproveitado, explorado, afogado ou agarrado sempre e para sempre! Por vezes, oiço dizer: "Não tenhas pressa, temos tempo"; é verdade que o tempo sempre irá existir, mas eu tenho pressa porque quero usar este tempo para disfrutar do próximo com mais qualidade ainda.
Existem caminhos, lugares que só certas pessoas conseguirão chegar. Aqueles lugares que como a Mafalda diz só está ao alcance de quem não tem medo de naufragar. Pois bem, já me arrancaram tudo o que já fui; ja me "afoguei" algumas vezes, mas não tenho esse medo! Vou continuar a viver buscando esse mar onde as águas serão calmas, onde um raio de sol reflita a minha felicidade na água.
Não sei quanto tempo demorarei a chegar a esta imagem, a este lugar, a este estado de espiríto.

Mas espero que não demore muito, porque tenho mais tempo que preciso de explorar.....




13 setembro 2007

Grito de revolta...

Foi preciso abrirem-me os olhos? Foi preciso estar duas horas a "levar na cabeça"? Mas que se passa comigo que não consigo distinguir as coisas? Porque é que não consigo ser menos emocional e mais racional? Mas porque insisto em quem não merece ou quer merecer?
Estas são algumas perguntas que ainda estão a latejar no meu pensamento....
Não vou deixar que a história se repita... Ainda estou muito a tempo porque aquilo que já passei transmitiu-me essa experiência. Porque hoje é muito mais fácil e concreto entender o outrém; é muito mais óbvio perceber o que querem.
Cabe-me a mim aceitar as regras do jogo e jogar ou então largar as cartas em cima da mesa.
Há dois dias disse: "Eu vou lutar por ti!" (In)conscientemente estas palavras sairam da minha boca. Mas não consigo fazê-lo sozinho. O que vejo é ausência, afastamento que chega a roçar a invisibilidade de alguém que me quer fazer crer que está presente; frieza...
Não pedi nada, tentei entender muita coisa e muitas delas entendo...Mas exigo respeito e sobretudo que não me façam de parvo. Porque eu sou parvo, mas é quando quero!
Não brinquem com os meus sentimentos! Se quiserem, eu compro um boneco de borracha e aí podemos ir buscá-lo ou arrumá-lo quando bem queremos! Podemos pô-lo aqui ou ali, decorá-lo, tirar-lhe uma perna ou um braço e voltar a colocá-lo. Força! Ele não se queixa!
Uma relação é como um dueto: não funciona a uma só voz, a um só desejo, a um só rumo ou a uma só vontade.
Ainda no século XX surgiu um novo conceito que baptizaram da "amizade colorida": estupidificaram este nome nos quais os ingredientes são: 2 pessoas (há quem defenda que pode ser mais), sexo quando uma ou as duas apetecer, uns encontros de vez em quando, uma conversa banal de circunstância, e liberdade para tudo e mais alguma coisa. Anda-se assim uns tempos e depois bate-se com a cabeça na parede porque quando surgem os sentimentos mais fortes não se consegue lidar com eles. E chora-se, e grita-se, e achamos que temos azar no amor.... E o resultado final é um bolo que quando sai do forno se desfaz em pedacinhos.
Chamem-me retrógado ou o que quiserem, mas comigo isto não é possivel! Não funciono assim, o meu sangue não corre neste tipo de veias. Comigo é para partilhar, escutar, estar, rir e chorar, carinho, presença, vontade, dedicação.
É muito romantismo? Talvez seja... Mas é sincero, puro e genuíno. É como uma relação pode evoluír. Obviamente que tem que ser cuidada e tratada como uma frágil flor. É preciso regá-la todos os dias... Não me parece que com ausência, distanciamento a flor não murche.
Tenho pena que não encontre alguém que entenda e esteja disposta a lutar por isto... Tenha sobretudo muita pena que tu não estejas.
Mas como me disseram hoje e muito bem: Tens que olhar para ti! É isso que estou a fazer... a olhar bem cá dentro e a ver que há muita coisa que tenho para lutar e que vale a pena.
E sobretudo... vejo muito respeito por mim próprio só possível porque gosto de mim.

Perdoem-me este grito de revolta... Mas mereço esta "sorte".
Pelo menos quero!